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Alsácia-Lorena: região histórica situada ↻
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As rivalidades imperialistas
no Sudoeste da França e habitada por
uma população predominantemente
germânica. Disputada por França e
Alemanha, a região mudou de mãos
algumas vezes até ser definitivamente
incorporada ao território francês ao fi- no mercado mundial. No fim daquele século, porém, a situação já era outra. O
nal da Segunda Guerra Mundial.
↑ Separado pelas grandes potências, charge francesa de 1903, representando as as potências no interior de cada bloco, am-
disputas entre as potências imperialistas pelo controle do Marrocos.
Veja respostas e orientações
no Manual do Professor.
QUESTÃO
• De que maneira essa char-
ge representa algumas das
tensões que culminaram
na eclosão da Primeira
Guerra Mundial?
A origem do primeiro conflito mundial deve ser buscada, primeiro, na cres-
cente rivalidade entre as potências imperialistas europeias, tendo como centro
o antagonismo entre a Grã-Bretanha e a Alemanha. Durante quase todo o século
XIX, nenhum país havia representado uma ameaça real à supremacia britânica
poderio econômico da Alemanha podia ser notado, por exemplo, na expansão
dos capitais alemães no Oriente Médio, ameaçando a hegemonia das companhias
britânicas e francesas de exploração de petróleo. Porém, apesar da crescente
rivalidade anglo-germânica, os governos dos dois países procuravam garantir o
equilíbrio militar e a estabilidade política.
O equilíbrio no jogo de poder começou a ser abalado com as medidas
tomadas pelo governo imperial alemão visando transformar o país em grande
potência política e militar. O primeiro passo nessa direção foi dado por Otto von
Bismarck (1815-1898), primeiro chanceler do Império Alemão, formado após a
vitória sobre a França na Guerra Franco-Prussiana. Bismarck anexou a região da
Alsácia-Lorena e iniciou as articulações para isolar a França. Em 1873, organi-
zou a Liga dos Três Imperadores, integrando
Alemanha, Áustria-Hungria e Rússia. Cinco
anos depois, a Rússia se retirou da aliança,
pois não conseguiu efetivar suas reivindica-
ções nos Bálcãs. Em 1882, a Itália, que havia
entrado em conflito com a França por causa
da Tunísia, juntou-se ao grupo formando a
Tríplice Aliança.
Consciente de que a Alemanha repre-
sentava o adversário mais perigoso, a Grã­
‑Bretanha aproximou-se da França e for-
mou, em 1904, a Entente Cordiale, um pacto
de cooperação entre as duas potências. Três
anos depois, com a adesão da Rússia, nas-
ceu a Tríplice Entente. Ao criar a Entente
Cordiale, franceses e britânicos decidiram a
divisão do norte da África: o Egito ficou sob
a influência da Grã-Bretanha, e o Marrocos,
da França. A questão do Marrocos quase le-
vou a França e a Alemanha à guerra, evitada
pela política da diplomacia. Mas as hostilida-
des entre as principais potências não foram
amenizadas. A política de alianças isolava
pliando a resistência em superar as crises
políticas por meio de negociações.
A política de alianças também colaborou para construir o que se conven-
cionou chamar de paz armada. Diante da crescente rivalidade entre as principais
potências e da iminência de um conflito armado, os países europeus elevaram
seus investimentos na produção de armamentos, e a maior parte deles adotou
o serviço militar obrigatório. A expressão “paz armada” carrega certa ironia, mas
também caracteriza o período em que os países em disputa evitaram, em várias
ocasiões, o conflito direto, até que a guerra se tornou o caminho para a defesa
de seus interesses econômicos e políticos.
CAPÍTULO 25: A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A CRISE DE 1929 303