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PARA LER                        Até hoje, o movimento negro luta para combater o racismo estrutural, uma
                           forma de racismo presente na própria estrutura da sociedade. Ele se perpetua
Pequeno manual             em comportamentos como a violência policial e a repressão contra pessoas
antirracista               negras; em atos discriminatórios de hostilização aos negros em determinados
Autora: Djamila Ribeiro    espaços, como bairros elitizados, shopping centers e até em repartições públi-
São Paulo: Companhia das   cas, como as universidades.
Letras, 2019.
                                                                              Veja respostas e orientações
Em 11 capítulos, a autora                                                        no Manual do Professor.
apresenta caminhos de
reflexão para aqueles      … à intolerância!
que queiram aprofundar
sua percepção sobre        1.	 Reflita sobre as formas de intolerância presentes no país.
discriminações racistas
estruturais e assumir a    2.	 Sob a orientação do professor, formem grupos e elaborem um manual prático com o
responsabilidade pela          título “Diga NÃO à intolerância!”. O Pequeno manual antirracista, de Djamila Ribeiro, pode
transformação.                 ser uma excelente fonte de inspiração.

                           3.	 Por fim, cada grupo apresenta seu manual aos colegas e, juntos, discutem formas de
                               colocar em prática as principais ideias que aparecerem em cada manual.

                           Diversidade e orientação sexual

                                 Até 1990, a homossexualidade era erroneamente considerada uma doença pela
                           própria Organização Mundial da Saúde (OMS). Muitas pesquisas realizadas ao longo
                           das últimas décadas, no entanto, provaram que isso não é verdadeiro e a orientação
                           sexual é mais um elemento que afirma a diversidade existente entre os seres humanos.

                                 A atração sexual, o desejo e a vontade de se relacionar não acontecem neces-
                           sariamente entre indivíduos de sexos opostos. Os gêneros (masculino/feminino)
                           também não são definidos pela normatização imposta pela sociedade. Há muita
                           intolerância em relação às pessoas que se definem como homossexuais, assexua-
                           das, transexuais ou outras formas de se relacionar e de ser que diferem da maioria.

                                 Retomando o conceito de “minorias”, toda e qualquer forma de diversidade,
                           mesmo com base em elementos e características constitutivos da identidade
                           de grupos específicos, é vítima de grande parte da sociedade por representar
                           uma minoria social. Porém, toda e qualquer forma de discriminação e violência
                           contra esses e quaisquer outros grupos minoritários é injustificável.

                                 Por isso, existem grupos de resistência, organizações legalizadas, pessoas
                           que lutam no dia a dia etc., contra a intolerância à diversidade na orientação
                           sexual. É dever de todo e qualquer cidadão, respaldado pela Constituição Federal
                           do Brasil, combater atos discriminatórios e “promover o bem de todos, sem
                           preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
                           discriminação” (inciso IV do artigo 3º da Constituição Federal de 1988).

                                                                                                                           WAGNER VILAS/SHUTTERSTOCK

                           ↑ Parada do Orgulho LGBTQUIAP+: um ato político de resistência à intolerância, ao preconceito e à
                           discriminação. São Paulo (SP), 2024.

                                                                                                                                                      CAPÍTULO 28: EU NO MUNDO 389
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