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das fronteiras políticas de cada Estado-membro, além de
compreender que a integração regional passa, portanto, pela
diminuição da soberania dos Estados nacionais, pois teriam
de abrir mão de interesses próprios em nome de uma unidade
supranacional.
4) a) Os estudantes devem perceber que os líderes liberais da
política do Reino Unido atualmente veem no protecionismo
(rechaçado por eles nas décadas de 1980 e 1990 na defesa
da formação do bloco econômico da UE) a salvação econô‑
mica do Reino Unido diante das regras do bloco. Assim, eles
podem analisar que a mudança de opinião dos defensores do
liberalismo no Reino Unido mostra, claramente, “um sintoma
da degradação do pensamento liberal”, uma vez que o livre
comércio é defendido pelos liberais nas políticas econômicas
diante da globalização. Mas, quando se trata do Reino Unido,
eles tentam proteger a economia do país diante das regras da
UE, que taxam o comércio, estabelecem tarifas alfandegárias
e fiscais em comum etc., o que os liberais definem como “uma
burocracia ‘globalista’ determinada a suprimir as liberdades
britânicas”.
b) Os estudantes devem entender que os grandes Estados
europeus são relativamente abertos à imigração e que os
liberais conservadores prometem “retomar o controle das
fronteiras, abolindo o livre trânsito de cidadãos europeus e
erguendo uma muralha diante dos fluxos imigratórios”. Assim,
eles podem concluir que os liberais se apoiam nas recentes
ondas populistas de grupos nacionalistas no Reino Unido (e em
outros países da UE), que expressam sua xenofobia. Explique
aos estudantes que os interesses do movimento que levou a
saída do Reino Unido da UE não podem ser reduzidos apenas
a uma expressão do conservadorismo, mas evidenciam a
desilusão do grupo de políticos e pensadores liberais com o
Estado neoliberal e com as consequências econômicas e so‑
ciais da globalização (medidas contra o protecionismo, fluxos
de imigrantes e refugiados etc.). Explique que a saída do Reino
Unido da UE (Brexit) significa a perda do direito à livre circu‑
lação de europeus no Reino Unido e dos britânicos no espaço
da UE, ou seja, alguns países, como Portugal, perderão suas
fontes de divisa com o turismo de britânicos em seu território;
países como a Grécia perderão parte das ajudas financeiras
do bloco que vinham do Reino Unido etc. Já para os britânicos
isso significa brecar a entrada de imigrantes e refugiados no
país, livrar-se da responsabilidade da ajuda econômica dada
aos países economicamente mais frágeis da UE etc.
5) O governo chinês pretende direcionar a sua produção para o
consumo do mercado interno, acreditando assim na demanda
de consumo interno para aumentar o PIB per capita.
6) Os PIBs chinês e norte-americano vêm aumentando, porém em
ritmos diferentes; o ritmo de crescimento chinês é mais rápido
que o ritmo de crescimento norte-americano: é essa situação
que aponta para uma provável superação do PIB chinês em
relação ao PIB norte-americano ainda para os próximos anos.
7) a) Com relação à primeira questão, os estudantes devem
citar que a União Soviética se desmantelou por questões
políticas, econômicas, sociais e culturais e explicar que, em
relação às questões político-econômicas, houve uma cons‑
tante burocratização do Estado nos países da Cortina de
Ferro, uma ineficiência administrativa dos serviços públicos e
a distribuição de cargos aos membros do partido central em
repartições públicas etc., o que insinuava indícios de corrupção
e o favorecimento de uma parcela da sociedade; que a Corrida
Espacial também levou a União Soviética a gastos excessivos
que não trouxeram, necessariamente, melhoria das condições
de vida da população; em relação às questões socioculturais,
a forte propaganda do estilo de vida americano e a divulgação
da ideia utópica e generalizada de que o sistema capitalista
significava o acesso a bens de consumo para todos impactou
negativamente na sociedade, gerando aversão à economia
planificada, descontentamento geral da população e mani‑
festações que pressionaram a queda da Cortina de Ferro e a
desestruturação da União Soviética.
b) Os estudantes devem explicar que a bipolaridade da Guerra
Fria cedeu espaço para a hegemonia capitalista mundial, atre‑
lada ao mercado financeiro e orientado pelo neoliberalismo e
pela globalização. Deve citar, ainda, que o fim da União Soviética a socialização das leituras.
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abriu espaço para a possibilidade de um mundo tripolar, marca‑
do pelas áreas de influência dos EUA, da Europa Ocidental e do
Japão, algo que logo foi abafado pela preponderância geopolítica
dos Estados Unidos no mundo e suas decisões unilaterais na
geopolítica mundial; e que o processo de globalização da eco‑
nomia fortaleceu a formação de blocos regionais (UE, USMCA,
MERCOSUL, APEC), devido à intensificação do processo de
integração econômica e da abertura dos mercados mundiais, em
um contexto condizente com a ideia de um mundo multipolar,
baseado na economia de mercado.
CAPÍTULO 19. A globalização e a ascensão da China no
cenário mundial
Os temas do capítulo 19 encerram as discussões sobre “o
mundo em transformação”, propostas para a unidade. Aborda a
expansão do sistema capitalista em escala planetária, com foco
para a globalização da economia, problematizando causas e conse‑
quências. O capítulo também avalia as possibilidades de um mundo
menos excludente nesse processo.
Por fim, o estudo se volta para a ascensão da China na econo‑
mia mundial, com destaque para sua geopolítica atual.
OBJETIVOS DO CAPÍTULO:
• Aprofundar estudos sobre a expansão do capitalismo mundial e o processo da
globalização econômica.
• Aprofundar estudos sobre a ascensão da China no cenário econômico e geopolí‑
tico mundial, analisando as consequências desse processo.
• Desenvolver as habilidades EM13CHS101, EM13CHS102, EM13CHS103,
EM13CHS104, EM13CHS106, EM13CHS201, EM13CHS202, EM13CHS203,
EM13CHS204, EM13CHS206, EM13CHS303, EM13CHS304, EM13CHS305,
EM13CHS306, EM13CHS401, EM13CHS404, EM13CHS502, EM13CHS503,
EM13CHS504, EM13CHS603, EM13CHS604 e EM13CHS605.
SUGESTÕES DE LEITURA:
BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
No livro, o autor levanta questões e discute problemas relacionados à globaliza‑
ção, como os efeitos da economia, política, estruturas sociais e percepções do
tempo e espaço.
JABBOUR, Elias. China hoje: projeto nacional, desenvolvimento e so‑
cialismo de mercado. São Paulo: Anita Garibaldi; Fundação Maurício
Grabois; EDUEPB, 2012.
O autor, professor universitário e especialista no tema, analisa o que se passa
no gigante asiático. O livro adota uma abordagem fundamentada nos clássicos
do materialismo histórico, partindo do pressuposto da complexidade inerente à
formação social chinesa, apresenta questões que podem explicar o crescimento
econômico chinês na atualidade.
SUGESTÕES DE ENCAMINHAMENTO DIDÁTICO
Para iniciar os estudos, sugere-se uma sondagem prévia sobre
os conhecimentos dos estudantes em relação ao tema Globalização.
Para isso, analise e discuta com eles a imagem que abre o capítulo,
que trata dos avanços da internet. Problematize a relação entre os
avanços tecnológicos nos meios de comunicação e transporte e a
globalização da economia.
Em seguida, divida os tópicos de leitura do início do capítulo
(até o tópico “Por uma outra globalização”) e organize duplas ou trios
de estudantes para a leitura de cada um dos tópicos. A sugestão
é que cada dupla ou trio apresente, na sequência, um resumo da
leitura realizada. A leitura individual, em dupla, trio ou grupo requer
organização e planejamento prévios da aula. É interessante que a di‑
visão de duplas ou trios corresponda ao número de partes dos textos
a serem lidas. Cada dupla/trio deve se apropriar de uma parte do
texto, organizando a leitura de forma adequada (por exemplo, leitura
silenciosa individual ou leitura em voz alta por um integrante para
os demais). Essa organização também envolve a gestão do tempo e
do espaço: se a leitura for silenciosa, todos podem ocupar o mesmo
espaço; se for em voz alta, os grupos podem se dispersar em dife‑
rentes espaços da escola. Caso os textos sejam extensos, uma aula
pode ser dedicada à leitura e à elaboração da síntese, e outra para