Page 482 - PNLD 2026 - GEOGRAFIA

DIGA NÃO… (PÁGINA 286)
O objetivo desta atividade é estimular o protagonismo juvenil
dos estudantes junto à sua comunidade na busca de soluções para
problemas locais. Estimule-os a desenvolver esse tipo de parti‑
cipação, pois, com isso, terão a oportunidade tanto de conhecer
os problemas reais, quanto de se aproximar das pessoas e buscar
soluções e tomar atitudes propositivas.
QUESTÕES (PÁGINA 286)
1) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes digam que
as maiores desigualdades de renda se encontram principal‑
mente no Sul Global, considerando os processos históricos
desses países, a posição em que se encontram na DIT e os
fatores internos que favorecem a concentração de renda
nesses países. Discuta com eles que essa situação é agrava‑
da, em especial, na África subsaariana e na América Latina.
Na maioria desses países, o coeficiente de Gini é superior a
0,45 (Índice Gini é superior a 45%). Para aprofundar os co‑
nhecimentos dos estudantes, pesquise e acesse os dados
mais recentes do Índice de Gini. Sobre os dados do Pnud
(2022), discuta com os estudantes, o fato de os países do
Leste Europeu terem aparecido com as melhores posições
no ranking, o que desmitifica a ideia geral de que os melhores
países do mundo estão no Ocidente capitalista desenvolvido.
2) Países como o Brasil e a África do Sul, em decorrência da
posição que ocupam na Divisão Internacional do Trabalho,
geram divisas por meio de commodities agrícolas e minerais
e ainda dependem da importação de produtos industrializa‑
dos. Quanto às exportações, a maior parte da riqueza gerada
pelas exportações desses países fica concentrada nas mãos
de grandes empresas ou de uma pequena parcela de empre‑
sários que fazem parte da elite econômica. Políticas internas
que desfavorecem a distribuição de renda e a consequente
concentração de renda ajudam a explicar a enorme dispari‑
dade em muitos países do Sul Global.
LEITURA DE GRÁFICO (PÁGINA 289)
1) Apesar do aumento significado da participação da indústria
no PIB nacional durante a década de 1970, essa participação
entrou em queda constante até o fim da década de 1980.
2) Pode-se concluir que o processo de industrialização desen‑
cadeado na década de 1970, baseado no aumento expressivo
da dívida externa, serviu para descapitalizar o país, pois os
lucros foram enviados para as multinacionais e para paga‑
mento dos juros dessa dívida. Pode-se concluir também que
o país se tornou “industrializado, mas não desenvolvido”, pois
continuou dependente do capital externo.
LEITURA DE MAPA (PÁGINA 291)
Os estudantes devem perceber, com base na análise do
mapa, que as indústrias se concentram nas regiões Sudeste e Sul
do país e relacionar o fato da distribuição industrial por ser um dos
critérios utilizados pelos geógrafos Milton Santos e Maria Laura
Silveira na proposta de regionalização do país em “quatro brasis”.
Essas duas regiões, consideradas distintas na classificação oficial
do IBGE, são “unidas” na chamada região Concentrada; agrupando
locais que detêm o grosso da produção industrial, dos centros
financeiros, da infraestrutura viária e de serviços, o que evidencia
as disparidades regionais no país.
CONECTADO NAS MÍDIAS DIGITAIS (PÁGINA 291)
1) Resposta pessoal.
2) Resposta pessoal.
3) Oriente e acompanhe a atividade dos estudantes. Explore e
discuta com eles as informações obtidas sobre as questões
desafiadoras propostas.
4) Espera-se que os estudantes proponham alternativas, como
realizar uma reforma agrária para melhorar a situação no
campo, incentivar o desenvolvimento mais equilibrado das
regiões no país, melhorar as condições dos trabalhadores
com uma política salarial de inclusão social e as condições
de vida da população em geral. Estimule a socialização das
informações e das experiências entre os estudantes e in‑
centive-os a se conectar as mídias digitais e redes sociais
como prática autônoma de aprofundamento dos conheci‑
mentos. Debata com eles a necessidade da implantação de
políticas públicas e como esse tema é de responsabilidade
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da sociedade brasileira, como forma de mudar esse cenário
brasileiro, atuando em prol da difusão de conhecimento e
da inspiração de novas práticas inclusivas.
IMAGINE (PÁGINA 294)
1) Alguns fatores explicam o fato de a Índia ser considerada um
subcontinente: a extensão de seu território, sua localização
geográfica (posição intermediária e peculiar no continente
asiático); sua diversidade étnica e religiosa; o tamanho de
sua população absoluta etc.
2) Hinduísmo, budismo, islamismo, entre outras. O hinduísmo é
a religião predominante. Uma característica do hinduísmo é
o sistema de castas, uma divisão por grupos sociais fecha‑
dos, que tem forte influência na estratificação social e na
segregação espacial da população, condicionando pessoas
de castas inferiores a condições precárias de trabalho na
sociedade indiana. Esse fator é responsável por grandes
desigualdades socioeconômicas no país. Reforce com os
estudantes a explicação sobre o que são a estratificação
social e a segregação espacial e discuta as consequências
da injustiça nesses processos.
3) A diversidade religiosa da Índia pode ser explicada pela sua
localização no continente asiático, o que levou o país a re‑
ceber a influência de outros povos, a ter uma miscigenação
étnica bastante ampla e formação cultural e religiosa di‑
versificada. Essa diversidade gera protestos no país contra
a estratificação do hinduísmo e tentativas de as pessoas
mudarem de religião para evitar serem discriminadas; além
de muitos conflitos etnorreligiosos.
4) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes se sensibili‑
zem com a estratificação social que caracteriza o hinduísmo,
sobretudo por pertencer (segundo a proposta da atividade)
à casta composta por sacerdotes e eruditos, pois a situação
de justiça religiosa e do conhecimento erudito propiciam a
defesa de valores humanitários. Com base no posiciona‑
mento dos estudantes, discuta com eles essas questões:
estabeleça comparações com a situação de estratificação
social imposta pelas condições socioeconômicas, étnicas e
de gênero que acabam gerando discriminação, preconceito
e exclusão social no Brasil e em outros países.
QUESTÕES (PÁGINA 298)
a) O texto sugere que o contato inicial foi amistoso, pois a re‑
cepção dos africanos aos portugueses na costa do rio Zaire
foi calorosa. Esse contato pode ter sido caloroso porque os
africanos, segundo suas crenças, acreditavam que os homens
brancos que desembarcaram com Diogo Cão podiam ser
espíritos de antepassados voltando para casa.
b) O texto traz informações sobre o reino do Kongo, uma es‑
trutura político-administrativa bem complexa e centralizada;
onde a autoridade máxima era o manicongo, escolhido por um
conselho de nobres que ocupavam os cargos de secretários
reais, administradores provinciais, coletores de impostos,
juízes e oficiais militares.
c) A economia se baseava na atividade agrícola e pastoril, em‑
bora houvesse grandes mercados regionais para o comércio
de sal e de produtos de ferro, nos quais a moeda usada era
um tipo de concha da região da ilha de Luanda, cuja coleta
era monopólio real. Espera-se que os estudantes levantem
hipóteses, sugerindo, por exemplo, que a inserção do comér‑
cio de escravizados rendeu lucros a alguns reis e passou a
ser prioritário na região. Se necessário, oriente a pesquisa
dos estudantes.
DIGA NÃO… (PÁGINA 302)
1) a) Resposta pessoal. Os estudantes devem expor o que en‑
tendem sobre o conceito. Discuta com eles que a segrega‑
ção é um fenômeno histórico, social e geográfico, que ocorre
quando determinados grupos são separados e excluídos de
outros. A prática pode ocorrer em diferentes contextos e ter
consequências negativas para os indivíduos e para a sociedade
como um todo. É importante compreender os diferentes tipos
de segregação para poder identificá-los e buscar soluções para
combatê-los. Existem diferentes tipos de segregação, cada um
com características próprias e impactos específicos: a segre‑
gação racial (exclusão baseada na cor da pele ou na origem