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realidade humana, essas condições da sensibilidade são essen- QUESTÃO (P. 202)
ciais. Sem o ordenamento das intuições a priori da sensibilidade, Professor, essa atividade é um primeiro passo do aluno para
o mundo das impressões sensíveis seria caótico, ou inumano,
para o relacionarmos com o trecho citado. a compreensão de como a ciência moderna e a contemporânea
5) a) Os direitos do indivíduo são concebidos com base no foram estabelecidas, compreensão que será ampliada ao longo do
entendimento de que cada ser humano por natureza tem estudo deste capítulo. Mesmo que o aluno tenha uma visão gené-
direitos. Essa ideia também fundamenta o contratualismo, rica ou superficial sobre ciência, ele pode destacar a observação, o
pois, para participar de uma sociedade política, cada membro experimento, a objetividade, a universalidade ou qualquer outro pro-
deve abdicar do direito natural de conquistar tudo por meio cedimento. Trata-se do início de suas reflexões sobre esse assunto.
da força. Então, por segurança e para preservar seus outros
direitos naturais individuais, o indivíduo participa do pacto OBJETIVOS DO CAPÍTULO
ou do contrato social.
b) Tem-se aqui uma oportunidade de os estudantes refletirem Identificar, analisar e comparar os sistemas ptolomaico e heliocêntrico
sobre a vida em sociedade. Espera-se que percebam que (EM13CHS101; EM13CHS102; EM13CHS103; EM13CHS104)
não é possível conviver em sociedade se as reivindicações
por direitos individuais forem absolutas, isto é, se cada qual Identificar, analisar e refletir sobre a Revolução Copernicana e a contribuição
pensar apenas em seus direitos, sem levar em conta os dos principais cientistas envolvidos, em especial Kepler, Galileu e Newton.
direitos do outros. Dessa maneira, não se efetivaria a ideia (EM13CHS101; EM13CHS102; M13CHS103)
de que cada um – e, portanto, todos – tem direitos naturais
que devem ser preservados pela sociedade. Reconhecer e refletir sobre a instituição da ciência moderna e identificar a
6) O objetivo da atividade é estimular os estudantes a investi- metodologia que surgiu a partir da investigação dos cientistas em torno da
garem aspectos da realidade do país, bem como refletirem revolução copernicana, a importância da observação e a influência da linguagem
sobre a forma de organização do Estado brasileiro, estabe- matemática. (EM13CHS101; EM13CHS102; M13CHS103; EM13CHS104)
lecendo relações entre o contratualismo/jusnaturalismo,
tema de estudo, e a nossa Constituição. Nessa investigação, Identificar a ciência como um conhecimento não acabado, que se modifica,
eles poderão perceber a profunda influência do pensamento ajusta e avança; e refletir sobre sua possibilidade de aperfeiçoamento no
jusnaturalista em vários aspectos de nosso ordenamento ju- tempo e no espaço a partir das comparações entre alguns aspectos da ciência
rídico, como os direitos fundamentais, os direitos individuais, antiga, ciência moderna e ciência contemporânea. (EM13CHS101; EM13CHS102;
o limite do poder estatal, a dignidade da pessoa humana, M13CHS103; EM13CHS104)
a valorização da justiça social e o princípio da igualdade,
entre outros. Identificar e refletir sobre as principais contribuições dos filósofos Karl Popper
(faseabilidade), Thomas Kuhn (paradigmas científicos) e Paul Feyerabend (não há
APROFUNDAR O CONHECIMENTO (P. 200) regras universais) para a teoria do conhecimento científico, o critério do que é ciên-
1) Habermas chama a atenção para a diferença entre interven- cia e o método científico. (EM13CHS101; EM13CHS102; M13CHS103; EM13CHS104)
ções socioculturais e intervenções genéticas, possibilitadas
pelo avanço da engenharia genética, no projeto de vida do ser A passagem entre dois mundos (p. 203). O capítulo trata da
humano. Na intervenção sociocultural, o indivíduo pode levar instituição da ciência moderna por meio da Revolução Copernicana,
uma vida própria sob condições orgânicas iniciais não escolhidas isto é, por meio da mudança de modelo de compreensão do Universo,
por ele mesmo. Os projetos desse tipo podem ser contesta- do sistema aristotélico-ptolomaico para o sistema copernicano. Essa
dos pelo indivíduo. Este pode se opor aos pais e, até mesmo, revolução foi iniciada por Copérnico quando em seu livro A revolução
desenvolver resistências psíquicas para construir sua própria dos corpos celestes, publicado em 1543, defendeu o heliocentrismo.
vida, libertando-se do projeto concebido por outros. Segundo Mas a efetiva adoção do sistema heliocêntrico pela ciência e pela
o filósofo, em um suposto projeto de eugenia, concebido antes sociedade só foi possível pela contribuição de inúmeros cientistas que
do nascimento, a liberdade do indivíduo seria tolhida. Ele não tornaram, por meio de suas investigações científicas, a especulação
teria como interferir no projeto alheio imposto, que poderia de Copérnico algo plausível, que estava de acordo com a realidade.
ser bem ou mal assumido pelo indivíduo. Tal situação impede
que o indivíduo se compreenda como autor único da sua vida. As descobertas e investigações desses cientistas forjaram não
2) Trata-se de uma questão aberta, possibilitando várias ponde- só o conteúdo da ciência moderna, mas principalmente a metodo-
rações. Os estudantes podem, por exemplo, ter simpatia pela logia científica, que, em grande parte, continua presente na ciência
ideia de melhoria genética humana em relação ao combate de contemporânea. Por isso, no estudo deste capítulo, sugerimos que
patologias, mas ter restrições ao possível mau uso dos avanços o professor privilegie as descobertas científicas e metodológicas
genéticos; podem ser contra qualquer intervenção na “natu- dos três cientistas que mais contribuíram para a afirmação do helio-
reza” humana, por temor de o ser humano se descaracterizar; centrismo: Kepler, Galileu e Newton. Antes, porém, seria importante
podem achar que é necessário um controle da sociedade e que o aluno tivesse informação sobre o sistema geocêntrico e as
do Estado sobre a prática científica dos genes etc. O assunto formulações a esse respeito feitas por Aristóteles e por Ptolomeu.
é atual, complexo e envolve problemas de ordem ética e po-
lítica; por isso, vale a pena preparar um debate, se possível Assim, sugere-se que os destaques desse capítulo sejam
com a participação de professores de outras áreas, como, por os seguintes:
exemplo, Biologia, Educação Física, Sociologia, Psicologia etc.
1. A física aristotélica e o sistema geocêntrico
UNIDADE 4 – O mundo em transformação
2. Kepler e as leis de movimento dos planetas
CAPÍTULO 17. O conhecimento científico moderno e
contemporâneo 3. As investigações e descobertas de Galileu
O Universo e o Bóson de Higgs (p. 202). O mote de abertura 4. A síntese de Newton e a simplificação do mundo
do capítulo que vai tratar da ciência moderna é a recente desco-
berta da partícula subatômica Bóson de Higgs, elemento que seria 5. Os limites da linguagem matemática para compreender o mundo
responsável por dar massa a toda matéria. É importante destacar
que alguns procedimentos metodológicos utilizados nas ciências 6. Aspectos da ciência contemporânea
contemporâneas, tais como a observação, a experimentação e a
codificação em linguagem matemática dos dados obtidos, foram É importante ressaltar como essas investigações não só vali-
instituídos quando a ciência moderna foi constituída, em especial daram o sistema heliocêntrico, mas também forjaram um novo tipo
com as investigações realizadas por Kepler, Galileu e Newton. de ciência, a ciência moderna, uma nova metodologia de investiga-
ção científica que finca raízes na observação, no experimento e na
linguagem matemática. Além disso, também é importante destacar
que, no final desse processo, a ciência se separa da filosofia e da
especulação metafísica.
A introdução da linguagem matemática na investigação cien-
tífica trouxe uma série de benefícios para a ciência e para a com-
preensão da realidade, mas também distorções, como é o caso
da ideia de que só podemos compreender o mundo pelos seus
aspectos mensuráveis, aritméticos ou geográficos. A realidade é
mais do que a sua mensuração. A seção Questão (p. 208) estimula
reflexões sobre esse problema.
A ciência contemporânea e o estranho comportamen-
to quântico (p. 212). O avanço da física quântica solapou a ideia
de que todos os fenômenos podiam ser explicados com base
na teoria mecânica; também jogou por terra a ideia de que o
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